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Cooperativas agropecuárias gaúchas iniciam roteiro técnico pelo Paraná


Representantes de 27 cooperativas agropecuárias gaúchas estão esta semana viajando pelo Estado do Paraná realizando visitas técnicas pelas cooperativas paranaenses. O roteiro foi organizado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) e tem por objetivo mostrar o trabalho desenvolvido pelo sistema. Durante quatro dias, serão conhecidos exemplos em diversas áreas do setor.


A primeira parada nesta segunda-feira, dia 22 de outubro, foi em Curitiba (PR), na sede da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), onde acompanharam apresentação do superintendente da entidade, Robson Mafioletti. Ele salientou que 30% da população paranaense está envolvida direta ou indiretamente com o cooperativismo, especialmente agropecuário ou de crédito. Lembrou que o Paraná produz cerca de 35,4 milhões de toneladas de grãos, com maior parte beneficiada e com agregação de valor pelas cooperativas locais.


O ramo agropecuário conta com 69 cooperativas atuantes no Paraná, num total de 167 mil cooperados, representando 58% do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário do Estado. Em 2017, do faturamento de R$ 70,6 bilhões das cooperativas, R$ 58 bilhões foram oriundos das cooperativas agropecuárias, que também geraram US$ 2,6 bilhões em exportações para cerca de 120 países. Destas receitas, 48% são geradas nas agroindústrias, fazendo a agregação de valor de produtos. "Impossível movimentar a safra no Paraná sem o cooperativismo pela força que o sistema tem", destacou Mafioletti.


Outro exemplo iniciado no Paraná foi o da ferramenta de autogestão, implantada desde os anos de 1990 no território paranaense e que vem sendo estimulada nos últimos dois anos pela FecoAgro/RS e pela Ocergs no Rio Grande do Sul. Leonardo Boesche, superintendente do Sescoop/PR, reforçou as ações de forma a auxiliar as cooperativas na tomada de decisão da gestão. Neste ano, 82% das cooperativas paranaenses participaram do programa. "As cooperativas responderam o questionário e em cada uma podemos tirar um modelo de governança, que cada uma vai poder adotar o que se adequa melhor a sua realidade", ressaltou.


A tarde, a delegação esteve em visita ao moinho de trigo da marca Herança Holandesa, que é fruto da intercooperação da Frísia Cooperativa Agroindustrial, Cooperativa Castrolanda e Capal Cooperativa Agroindustrial. A capacidade de moagem da unidade é de 400 toneladas por dia, chegando a 120 mil toneladas por ano, com produto oriundo de 3 mil associados da cadeia produtiva. No local, os representantes das cooperativas gaúchas conheceram o moderno processo realizado pelo moinho, que importou equipamentos da Itália como forma de garantir a qualidade do produto que chega ao consumidor. "Estamos indo para o quinto ano e desde o sexto mês operamos com 90% da nossa capacidade industrial", observou o coordenador do moinho, Cleonir Ongaratto.


O dia encerrou com uma visita à sede da Frísia Cooperativa Agroindustrial, na cidade de Carambeí. o diretor secretário da cooperativa, Hans van der Meer, recebeu o grupo dos gaúchos no auditório da unidade onde explanou sobre o trabalho realizado pela marca que substituiu a antiga Batavo. O foco do trabalho é nos produtos agroindustriais derivados do leite e dos suínos, mas também operam com a parte de grãos. Em 2017, a Frísia alcançou faturamento de R$ 2,4 bilhões. Nesta terça-feira, 23 de outubro, o roteiro da visita técnica contará com uma visita à Cocamar, em Maringá, no início da tarde.

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