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Cooperativas agropecuárias se reúnem para debater rumos do sistema


Durante dois dias, representantes das cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul se reúnem em Bento Gonçalves (RS) para debater os horizontes dos trabalhos de gestão e intercooperação. Promovido pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), o encontro tem a participação de mais de cem dirigentes das cooperativas associadas à entidade. Na pauta temas como autogestão, intercooperação e os rumos do sistema cooperativo no Estado.

A abertura do evento contou com a presença do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. Em sua explanação, enfatizou o trabalho das cooperativas em buscar informação e conhecimento de forma a promover o crescimento dos seus dirigentes e associados, citando como exemplo os programas de pós-graduação desenvolvidos pelas entidades do setor que estão qualificando a gestão do sistema. "O papel das cooperativas é fundamental para o desenvolvimento do nosso Estado. O nosso papel do poder público é de manutenção das políticas. Esta é a forma colaborativa, solidária e a que mais aparece socialmente", afirmou.

O secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do Rio Grande do Sul, Tarcísio Minetto, lembrou a importância e o papel que cooperativismo agropecuário gaúcho vem exercendo com resultados não só na economia mas também no social, na assistência técnica e na interação com a comunidade. "O desafio que as cooperativas agropecuárias estão tendo estão sendo vencidos, por isso comemorem o sucesso que das cooperativas. Com este espírito de integração, mantendo as individualidades, o cooperativismo como um todo vai crescer cada vez mais", destacou.

O presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs), Vergílio Perius, salientou os números do programa Jovem Aprendiz Cooperativo, que vem tendo no setor agropecuário um aproveitamento total entre os participantes, o que estimula a sucessão rural. Outro ponto trazido pelo dirigente é o crescimento da industrialização entre as cooperativas, o que vem agregando valor aos produtos do sistema. "Nosso agronegócio é fundamental, mas as cooperativas hoje estão caminhando para a agroindustrialização. Há alguns anos as agroindústrias de cooperativas eram cerca de 20 e hoje já são 41. Isso é uma bela notícia para nós", observou.

O presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, enfatizou a representatividade das cooperativas gaúchas para a produção agropecuária do Estado, além da geração de emprego e renda das comunidades de atuação do sistema. "Nesta sala temos uma representatividade quase da totalidade do cooperativismo agropecuário gaúcho, com R$ 25 bilhões de faturamento em 2016, 32,5 mil empregos diretos, gerando resultados e capitalização. Mesmo que tenhamos uma redução no número de cooperativas no Rio Grande do Sul, temos um crescimento da participação das cooperativas na produção e industrialização de produtos agropecuários no Estado. Somos responsáveis pelo recebimento de 50% da soja, 45% da produção e industrialização do leite e 60% do trigo", explicou.

Na ocasião, o governo do Estado homenageou com uma placa o ex-presidente da FecoAgro/RS, Rui Polidoro Pinto, pela sua contribuição ao cooperativismo agropecuário gaúcho e brasileiro. Também houve distinção ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), recebida pelo vice-presidente e ex-presidente da instituição, Odacir Klein.

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